Que surfamos na luz a cada alguns tantos anos após fincar raízes profundas na lama de MEMÓRIAS e CICATRIZES da narrativa de um eu processo que acreditamos ser.

Como as ondas do mar mais altas, precisamos recolher uma massa de água imensa que leva em sua estrutura todo o lodo de RAIVA e MEDO do fundo da alma, que embaçam a luz do coração.

Como as ondas do mar, quando vislumbramos a luz plena de bênçãos e virtudes lá do alto, quebramos na areia da TERRA QUE SOMOS. Do chão onde fincamos as raízes na matéria que VIBRAMOS.

Adentrar nossa ESCURIDÃO e ser uno com ela, não é tarefa fácil, nem agradável. Nos lembra pequenas, indefesas, crianças. Nos despe de palavras e cabelos. Nos contrai e esfria. Mas nutre de uma força que só as raízes conhecem. Da força do mal, da dor, do medo, da raiva… que nos é base em algum lugar bem fundo, lugar de onde fluem as SEIVAS… das SELVAS venosas que desfazem os nós do pescoço.

Quanto mais luz, mais sombra.
A luz faz a sombra.
Luz também é sombra.
Luz e Sombra.
Fatos.