Maternidade SUBVERSIVA

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ROTINA e DISCIPLINA são duas bênçãos na vida de uma mãe. Maternar pode ser mais LEVE quando essas duas estão de fato incorporadas. Ali se encontram LIBERDADE e fluência.

Podem me chamar de EGOÍSTA, porque sou mesmo. No sentido mais puro da palavra. Cuidar “de si” antes que “de um outro” nos permite transbordar alegria ao invés de doar miséria.

Existe uma linha delicada entre essas duas coisas. E ser egoísta nos permite evitar o EGOCENTRISMO, que vem de um narcisismo excessivo até se tornar avareza, e não cair também no ALTRUÍSMO compulsório imposto pela sociedade do aplauso ao excesso de esforço.

É da Natureza priorizar a si mesmo para então cuidar dos demais. Quando se doa o que não se tem o caminho é de miséria. Caridade sem se incluir é pura hipocrisia, carência vestida de bondade. Nunca me convenceu.

São anos de mergulho nas profundezas da TERRA após anos de ascenção ao CÉU para transbordar abundância dos frutos de uma árvore. É da NATUREZA doar o que se tem sobrando. Quando a este foi permitido deleitar-se do próprio eu, de si, do ego.

Assim, desenvolvo intimidade com os condenados… me deito com a PREGUIÇA, abraço o ÓCIO, caminho com a PROCRASTINAÇÃO, danço com o TEMPO LIVRE, namoro o DESCANSO… para que o EGO nutrido de Si só doe o que tem sobrando, transborde abundância, TRANSBORDÂNCIA, leite, DELEITE, frutos, DESFRUTOS.

Numa sociedade onde só se aplaude  EFICIÊNCIA, PRODUTIVIDADE, utilitarismo, ESFORÇO, andar na direção oposta é buscar salubridade…

… a maternidade SUBVERSIVA admira as IMPERFEIÇÕES cultivando o mínimo esforço, naquele mantra do “antes feito que perfeito”, trabalhando o não fazer, o não melhorar, o deixar ser, o acolher, aceitar, admirar a beleza do torto e suas curvas.

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